Pular para o conteúdo principal

Diferença do Funk americano para o brasileiro. Marco Aurelio Funk Soul roteirista , faz o original.

Na verdade o som carioca não é Funk . Funk é KC , TIM MAIA , MTUME , JAMES BROWN e outros dos anos 60 , 70 e 80.



Marco Aurélio Funk Soul é o único no Brasil, que faz o verdadeiro Funk de James Brown. Marco , além de compositor é jornalista e roteirista.

Conheça principais semelhanças entre funk americano e funk brasileiro

2 de fevereiro de 2018 14:28Por Gustavo Morais

Isaac Hayes precursor do funk (Foto: Divulgação)

O termo “funk” é um adjetivo inglês para descrever a música com ritmo mais lento, mas, ao mesmo tempo, sexy, e caracterizada pelo uso de frases musicais repetidas. Nesta segunda década do século XXI, é  impossível negar a relevância do funk no amplo leque da música brasileira popular. Em caso de dúvidas, basta verificar as paradas de sucessos e os rankings das plataformas de streaming.

Gerson King Combo, pai do funk nacional (Foto: Divulgação)

Há pessoas que dizem “gostar do funk original”, mas que “abominam” o funk brasileiro. Em contrapartida, há tantas outras pessoas que chegam a desconhecer qualquer tipo de funk que não venham acompanhados dos termos “pancadão”, “melody”, “ostentação” ou “carioca”. Mas e aí? Será que os dois estilos de funk não carregam semelhanças entre si? Para esclarecer esta pergunta que não quer calar, listamos alguns pilares desta cultura que você precisa conhecer.

Origens Sonoras

Sob a influência do soul, do jazz e do blues, o funk americano surgiu na década de 1960. Como principal característica sonora, o estilo aposta em um ritmo mais levado pela combinação baixo elétrico e bateria.

Por sua vez, o funk brasileiro tem suas raízes no Miami Bass, um subgênero do electro que se popularizou nos Estados Unidos, entre as década de 80 e 90. Do “Som de Miami”, o funk made in Brazil herdou a questão das letras repetitivas e com teor sexual.

Mas sempre foi tão diferente?

Não, claro que não!

Durante a década de 70, a sonoridade do funk brasileiro era bem parecida com a sonoridade do funk americano. Se na terra do Tio Sam o público funkeiro se rendia ao poder de James BrownIsaac Hayes e Funkadelic, do lado de cá da Linha do EquadorTim MaiaGerson King Combo e Banda Black Rio também faziam o baile seguir. Por questões culturais, naturalmente que o funk feito por aqui recebia suas pitadas de temperos e sabores brasileiros.

Em entrevista ao pessoal da Faculdade Cásper Líbero, o coreógrafo americano Milo Levell explicou o perfil de contestador que o funk assumiu na década de 1960. Conhecido por trabalhar com astros do calibre de Michael Jackson e Beyoncé, artistas diretamente ligados ao universo funkeiro, Levell testemunhou o impacto cultural provocado pelo funk.

Junto com o funk, veio a imagem dos visuais ‘afros’ e calças longas. As danças de salão já era populares nos EUA, mas além da dança, o funk trouxe consigo uma forma de se expressar

No final da década de 60, ainda segundo Levell, a segregação racial era um dos grandes pesadelos da sociedade dos Estados Unidos. E foi na música que os afro-americanos encontraram a ferramenta mais potente para revelar ao mundo como se sentiam. Com o funk Say It Loud, ‘I’m Black And I’m Proud’ (Diga Alto, ‘Sou Negro e Tenho Orgulho’), a voz de James Brown deu ao mundo o recado que o negro americano tanto precisava vociferar.

No funk brasileiro, quando comparado com o que rolava no funk americano, o caráter político chegou com um delay de quase 30 anos. Apesar de existir na música brasileira popular desde os anos 70, foi só na década de 90 que o nosso funk se politizou com propriedade.


Comentários